sábado, 31 de janeiro de 2009

Amantes

Amantes

Sobre a relva macia os amantes se olham
nada fazem, apenas se olham
nada esperam por que o tempo parou
o relógio inquieto até se abalou

Tentando decifrar cada pensamento
amantes que se olham com sentimento
Vivem pela paixão não pelo desejo
que termina com um doce bocejo

Amantes em sua dança delirante sem fim
desbotando todas as rosas pintadas de carmim
Derramando a pureza da verdade sobre a vida
Amantes que se amam antes de sua última despedida

Luan Assis de Oliveira 25/01/2008



Todas as Esperanças

Poderia a lagarta acordar e nascer voante?
Poderia o meu amor que nem sei por ti constante?
Poderia abrir-me os olhos para algo impossível?
Poderia me enxergar com olhos, acha que sou invisível?

Olhe e sinta suas batidas, batidas
Veja e perceba que se vão logo feridas
Esbraveje e grite pois hoje é lindo o dia
Crianças estarão de mãos dadas com alegria?

Cegonhas virão cheias de boas novas lá na frente
siga essa idéia, essa corrente
nada, o nada não existe e não espera
não posso ver meu futuro nessa esfera

Novas amizade, mais que amizades
grandes amizades, a humana verdade
Espere, mas não fique parado lá
Rasgue seu peito e adore o que virá.

Luan Assis de Oliveira --/--/----

domingo, 25 de janeiro de 2009


Rainha Branca

No alto do pico, há a neve branca
sonhadora e gelada
O sono dos homens arranca

Rainha de seu próprio castelo
amante e fria
mas em seu coração  há um elo

Elo entre algo que um dia viveu
e nunca esqueceu
viu que a paixão poderia lhe derreter
desde então fria, amor não pode mais querer

Mortal e selvagem era um dia seu amor
mas como a vida deles é curta, pôs sua dor
A Rainha nevasca não se mostra mais
para um sonho que terás,jamais

Luan Assis de Oliveira
11/01/08

A Viagem


A Viagem 

Meu coração bate como um motor 
meus instintos estão incontrolados
eu não sou dono de mim mesmo
meus sentimentos já eram estraçalhados

Não venha a mim,grande amada
por que no meu coração não entra flechada
ele é forte e por isso sofre
não como o seu lindo e nobre

Não queira entrar nessa friagem
dentro de minhas entranhas,estranha viagem
Eu peça a algo maior mais leveza
mas em ti vejo a infinita beleza

Já é hora de partir meu bem
Em sua memória agora terá alguém
Que te fez chorar e sorrir
Mas alguém que sabe a hora de partir

Luan Assis de Oliveira
11/01/09

sábado, 24 de janeiro de 2009

Distante Fim

Distante Fim

Óh alma acorrentada a seus medos
vivendo de mentiras e fracassos 
pode ser que estejam cortados todos os laços
de sua vida curta

Óh Deus como eu queria me livrar dessa dor
Essa dor de existir sem ter a si mesmo amor
Badaladas doces ecoam por que já é hora
hora de decidir, para que lado ir

Lágrimas que caem sem sentir
pois a redenção demora à vir
pode ser que o bem se encontre estacionado
não só por mim
mas pelo fim
distante fim

Luan Assis de Oliveira
11/01/08

Amor nas Trevas


Amor nas Trevas

Errei sim
Morri sim
Me matei sim

A estaca superou-se
a ferida funda atravessou-me
com a flecha fumegante

Almas gélidas e perdidas
condenadas à maldição dos corações

Sofro sim,
ao ver seus olhos negro-safira
me mirarem com pena

Sofri sim
Pois você é o mato negro onde residem 
os ossos de suas besteiras e incertezas

Você é forte
temer-te irei sempre
ei de me conformar
com minha queda eterna pela sua negridão

Essa áurea que te faz cair.
Me ame
me sugue
Você é capaz de acabar com esse coágulo em meu coração

No cálice negro meu sangue escorre
negro de tanto medo, minhas lágrimas
vermelhas,
cor do amor...
Salvação do abismo...você

Luan Assis de Oliveira
12/06/07

Euforia Sufocadora


Euforia Sufocadora

Descalço, correndo pela virgem floresta
Fugitivo, ferido de todos a quem pertencia
Melhoras para tudo que te passa
E sendo assim segue a massa

Corpos colados intimamente
desejando consumir a própria chama
Pegue seus desejos e diga a ela que a ama!

Sussuros de tremecer cada pêlo
A cura é o mais discreto apelo
Pelo aquele que te chama

Chama ardilosa e escarlate em si
Chama o amor se contorcendo a ti
Leva-os para o ninho mais dourado
Por mais que sufocadoria ela me mate
Por mais dias de carinhos e Euforia

Luan Assis de Oliveira 15/02/08

O que pulsa


O que pulsa

Hoje à noite meu grito será de amor por ti,
De todo os males me despi

a lua ficará vermelha, pois nela irei jogar rosas
todas as borboletas acordarão amorosas

Hoje a cada pulsar de meu coração, mais em brasa irá bater
o céu irá se tornar brilhante pois cometas irão aparecer

lantente como o libertar
mais forte que simplesmente amar

O lobo uiva para a lua vermelha brilhante
O universo acorda para o ver o quanto ele é amante

As fadas brincam, pois é noite de lua cheia
Canta para o mortal um doce ninar a sereia

A coruja voa alto para no luar se banhar
O Gurreiro e a guerreira juntos a lutar

Tão quão belo

Tão quão perigoso
Tão quão emocionado e choroso
O que pulsa faz pulsar o coração amoroso.

Luan Assis de Oliveira  --/--/----






Saltos muito altos


Saltos muito altos

Raios de sol cortam seu rosto
não como lâminas a machucar
mas sim um corte a te afagar

Sinto-lhes como o vento forte e impiedoso
Acima de um penhasco suntuoso
Entre meu silêncio puro, admirador

Respira fundo aquele que preparado está
Radicaliza seus sentimentos antes de pular
E no fim de tudo lança-te

Sem medo do que abaixo virá
Sem pensar em nada, apenas estar livre
Bobo penso, é aquele que não se arrisca.

Luan Assis de Oliveira
10/02/08